Inovacao


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O ano de 2011 já começou cheio de expectativas e promessas de crescimento. Para aqueles que desejam saber quais as profissões estarão em alta neste novo ano e quais as áreas estarão investindo mais em contratações, a revista Época Negócios mostra os setores promissores que estão carentes em mão de obra e as características dos profissionais de sucesso. Fique atento, as áreas de inovação e tecnologia estão no topo.

 

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Extraído do site Pequenas Empresas Grandes Negócios

1) IDEIA

Em primeiro lugar, a Lei de Propriedade Industrial (LPI) exclui de proteção como invenção e como modelo de utilidade uma série de ações, criações, ideias, atividades intelectuais, descobertas científicas, métodos ou inventos que não possam ser industrializados, tais como:

– Técnicas cirúrgicas ou terapêuticas aplicadas sobre o corpo humano;
– Planos, esquemas ou técnicas comerciais de cálculos, de financiamento, de crédito, de sorteio, de especulação e propaganda;
– Planos de assistência médica, de seguros, esquema de descontos em lojas e também os métodos de ensino, plantas de arquitetura, obras de arte, músicas, livros e filmes, assim como apresentações de informações, tais como cartazes e etiquetas com o retrato do dono;
– Ideias abstratas, descobertas científicas, métodos matemáticos ou inventos que não possam ser industrializados.

2) CUSTO

Nas solicitações de Patente de Invenção (PI) ou Modelo de Utilidade (MU), a taxa de depósito para pessoas naturais; microempresas, empresas de pequeno porte e cooperativas assim definidas em lei; instituições de ensino e pesquisa; entidades sem fins lucrativos, órgãos públicos e Microempreendedor Individual (RETRIBUIÇÃO 2) é de R$ 80 (código 200). Para pessoas jurídicas (RETRIBUIÇÃO 1), o valor é de R$ 200 (código 200).

O pedido de exame de PI para as pessoas especificadas na RETRIBUIÇÃO 2 é de R$ 200 (código 203) com até 10 reivindicações. Para pessoas jurídicas, o valor é de R$ 500 (código 203). O PRAZO PARA PEDIR O EXAME É DE ATÉ 36 MESES CONTADOS DA DATA DE DEPÓSITO.

O pedido de exame de MU para as pessoas especificadas na RETRIBUIÇÃO 2 é de R$ 128 (código 204). Para pessoas jurídicas, o valor é de R$ 320 (código 204). O PRAZO PARA PEDIR O EXAME É DE ATÉ 36 MESES CONTADOS DA DATA DE DEPÓSITO.

A anuidade de pedido de PI no prazo ordinário, no SEGUNDO ANIVERSÁRIO DE DEPÓSITO, para as pessoas especificadas na RETRIBUIÇÃO 2, é de R$ 100 (código 220). Para pessoas jurídicas, o valor é de R$ 250 (código 220). No prazo extraordinário, para as pessoas especificadas na RETRIBUIÇÃO 2, o valor é de R$ 200 (código 221). Para pessoas jurídicas, o custo é de R$ 500 (código 221).

A anuidade de pedido de MU no prazo ordinário, no SEGUNDO ANIVERSÁRIO DE DEPÓSITO, para as pessoas especificadas na RETRIBUIÇÃO 2, é de R$ 70 (código 240). Para pessoas jurídicas, o valor é de R$ 170 (código 240). No prazo extraordinário, para as pessoas especificadas na RETRIBUIÇÃO 2, o valor é de R$ 135 (código 241). Para pessoas jurídicas, o valor é de R$ 340 (código 241).

A anuidade continua sendo paga, com outros valores, até o fim da validade da patente.

Para mais informações, favor observar a Tabela de Retribuição de Serviços da Diretoria de Patentes, localizada dentro da opção “Patentes”, “O que é patente?”, “Custos Básicos”, no canto esquerdo de sua tela na página principal do INPI na Internet.
3) PESSOA FÍSICA

O próprio interessado, pessoa física ou não, pode depositar um pedido de patente junto ao INPI. Para tanto, é fundamental que se observe os Atos Normativos, em especial o Ato Normativo 127/97, que pode ser facilmente localizado dentro do Portal do INPI na opção “Patentes”, “Legislação Patente” . Aconselha-se ainda a análise da Lei da Propriedade Industrial – Lei nº 9.279/96.

Nossos serviços são pagos mediante retribuições que são efetuadas com a retirada da “Guia de Recolhimento da União”, que se encontra no Portal do INPI dentro do item “Serviços”, “Acesso ao sistema de Guia de Recolhimento da União”. Basta somente que o usuário cadastre-se, gerando senha e login para a retirada da guia que poderá ser paga em qualquer agência bancária. No Portal do INPI, você também encontra a documentação necessária.

O pedido pode ser feito na sede do Instituto, no Rio de Janeiro, ou na representação da Autarquia nas outras capitais do Brasil.

4) PRAZO

O tempo entre o depósito de um pedido de patentes e a concessão do privilégio está levando, em média, 9,3 anos. No entanto, lembre-se que o depositante ou qualquer interessado tem até 3 anos para pedir o exame do seu pedido de patente. Antes dess pedido de exame o INPI não poderá examinar o referido pedido.

Hoje, em média, tem-se levado 2,5 anos para os depositantes solicitarem o exame de seus pedidos. Nesse caso, o tempo real de exame seria de 6,8 anos entre o pedido de exame e concessão da carta patente.

O INPI ainda considera esse prazo grande. Por isso, o Instituto pretende, com as medidas internas que estão sendo implantadas, reduzir o prazo de 9,3 anos para 6 anos, em um primeiro momento. Essas medidas incluem, por exemplo, o processamento eletrônico de patentes e, posteriormente, o depósito via internet, como feito hoje na área de marcas.

A revista Exame publicou uma lista feita pelo INPI com as companhias que mais depositaram pedidos de patentes entre 2005 e 2009.

Clique aqui e veja a lista.

Claudio Henrique de Castro escreveu para o site Sobre Administração algumas dicas para criar uma cultura inovadora nas empresas. Castro é formado em Administração com ênfase em comércio exterior e pós-graduando em Finança Empresarial pela faculdade Pitágoras. É empresário do ramo de alimentos e eventos, escreve sobre o desafio e a satisfação de gerir uma pequena empresa. É editor do blog http://www.papoempresario.blogspot.com

 

As pequenas empresas são consideradas as maiores geradoras de empregos e uma das maiores geradoras de inovação no nosso mercado. Porém, quem cuida de uma pequena empresa sabe o quão complicado é conseguir tempo e recursos para moldar uma cultura de inovação, tendo que lidar com restrições tradicionais, como a de caixa e pessoal. Então, eu pergunto: como pode as pequenas empresas conseguirem implementar tantas inovações?

A resposta está na facilidade em moldar seus processos e sua cultura inovadora, por conta do seu tamanho e flexibilidade, mesmo com as dificuldades encontradas. Nas grandes empresas esta dificuldade é ainda maior, sendo que são poucas as grandes empresas reconhecidas por sua força inovadora, como a 3M, por exemplo.

Muitas das grandes empresas têm dificuldade em lidar com o seu gigantismo, uma vez que é muito mais fácil catequizar 12 funcionários do que 12 mil. Desta forma, se a pequena empresa conseguir se desenvolver, desde o início de suas atividades, com esta cultura, mesmo quando ela tiver seus 12 mil funcionários, tal cultura já estará no DNA da empresa e de seus colaboradores.

Assim vou deixar algumas dicas para que você consiga criar uma cultura inovadora em sua empresa:

Permita e incentive seus funcionários a resolverem problemas: Mais importante do que identificar os problemas é garantir que seus funcionários tenham a autonomia e a iniciativa para resolvê-los. Quando um funcionário vem até você apresentando um novo problema, é muito importante que você faça a seguinte pergunta: “Como podemos resolver este problema?”.

A experiência de seus funcionários será fundamental para uma solução eficiente dos problemas que surgem dentro da empresa. Esta prática de incentivo à solução dos problemas por parte dos colaboradores cria uma cultura onde os mesmos sempre procurarão resolver os problemas o quanto antes, evitando danos maiores.

Traga seus principais clientes para conhecer o interior de sua empresa: Já discutimos sobre como identificar seus principais clientes, e agora é hora de levá-los para conhecer partes do seu processo de produção. Esta prática ainda pouco comum, permitirá que os seus melhores clientes dêem sugestões a respeito de possíveis melhorias em seus produtos, coisas que poderiam ser implementadas, outras que deveriam ser modificadas etc. Esta, sem dúvidas, é uma forma diferente de prestigiar seus clientes e ainda obter um feedback direto sobre seu produto/serviço.

Permita que seus funcionários aprendam mais de uma função na empresa: Mais importante que ter gerentes polivalentes com múltiplas competências é ter a cultura de desenvolver funcionários que conheçam os principais métodos e processos da empresa. De tempos em tempos leve funcionários para conhecer e vivenciar diferentes partes da empresa e crie uma cultura de diálogo entre eles. A experiência repassada pelos colaboradores antigos e a vivência em todas as áreas da empresa tornará sua equipe ainda mais forte.

Permita que seus funcionários mudem: É importante que seus funcionários possam desenvolver o ambiente de trabalho que melhor se adapta a eles. Lógico que é importante ter um padrão, mas devemos customizá-los o máximo possível para uma experiência satisfatória para os colaboradores, assim como é importante permitir que os colaboradores possam tirar um tempo para seus projetos pessoais dentro da empresa. Incentivar seus funcionário a criar novas idéias é a principal arma para o aparecimento de intraempreendedores.

Um dos pensadores econômicos mais conceituados da atualidade, o professor indiano Vijay Govindarajan acredita que, hoje, a inovação acontece primeiro em países emergentes como Brasil, Índia e China. Em entrevista para a Pequenas Empresas & Grandes Negócios, Vijay diz que a nova dinâ­mica gera oportunidades para pequenas e médias empresas.

O que é inovação reversa?
Historicamente, as potências investiam em inovação e produziam internamente, para depois exportar aos países em desenvolvimento. Esse processo, difundido na década de 1990, foi denominado glocalização. O termo significa pensar globalmente e atuar localmente. Inovação reversa significa o oposto. É fomentar a inovação em países como China, Índia e Brasil, para depois levá-la aos países ricos.

Os emergentes têm tecnologia para criar bens de consumo competitivos no mercado internacional?
As economias emergentes têm um longo caminho a percorrer. Mas isso não quer dizer que não podem ser competitivas.

Como as pequenas e médias empresas brasileiras podem aproveitar a inovação reversa?
Elas não podem ter medo de arriscar e competir com as multinacionais. O momento é excelente para pequenas e médias empresas porque elas conhecem a fundo o consumidor do país. Como entendem seus hábitos, podem suprir os anseios dos consumidores.

É difícil para empresas menores criarem um ambiente propício para a inovação?
Não. Essas empresas têm todas as ferramentas. São flexíveis, ágeis e empreendedoras, qualidades essenciais para inovar.

Qual a principal barreira para a difusão da inovação reversa?
É preciso promover uma mudança de mentalidade nas companhias que dominam o mercado econômico mundial. A produção da maioria das multinacionais ainda está voltada para indivíduos de alta renda. É preciso atender também pessoas pobres em países pobres, um mercado em potencial que está marginalizado.

Como os empreendedores brasileiros podem competir com Índia, China e Rússia?
O grande desafio é exportar bens de maior valor agregado. É importante também que os integrantes do BRIC (grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia e China) se enxerguem como parceiros, e não adversários. O mercado não é restrito. Existe espaço para todos, desde que haja competência. Quando esses países se unem e fazem acordos, um supre a deficiência do outro.

Quais os setores em que os empreendedores brasileiros podem encontrar boas oportunidades?
A meu ver, os empresários brasileiros devem investir nos setores de saúde e educação, áreas deficitárias e nas quais o governo não mostra eficiência. Além disso, educação é fundamental para o crescimento do país. É desanimador constatar que muitas vagas em cargos estratégicos não são preenchidas porque falta mão de obra qualificada.

A Época Negócios publicou essa matéria bem interessante com o publicitário, presidente do grupo ABC, falando sobre a importância da inovação no crescimento das empresas.

 

 

 

O publicitário encerrou os debates do Fórum de Empreendedores, realizado em Campos do Jordão. Durante sua apresentação, falou que o Brasil tem bom gestores, mas ainda peca no quesito inovação. “E sem inovação, não vamos chegar lá. Se continuarmos a fazer as coisas da mesma maneira velha, não vamos nos tornar mais competitivos”, afirma.

Numa apresentação na qual esbanjou suas boas frases, Nizan disse que “o empreendedor é um sonhador disciplinado”, que sai sempre de sua zona de conforto para fazer o negócio crescer. No entanto, é preciso saber qual é a sua vocação. Citando o período em que ficou fora do mundo publicitário e comandou o iG, Guanaes afirmou que inovar é diferente de inventar.

Aos empresários presentes no Fórum, o publicitário apresentou a Endeavor, grupo mundial que trabalha para a evolução do empreendedorismo no mundo todo. No Brasil, fazem parte do conselho do instituto, nomões como Beto Sicupira, Jorge Paulo Leman, Marcel Telles e Pedro Passos. Em vez de dinheiro, esses empresários bem-sucedidos oferecem seu tempo aos novos empreendedores, aconselhando e ajudando nas decisões.

Alertando para o bom momento do país, o presidente do Grupo ABC disse que tem investido seu tempo em ser um embaixador do Brasil, viajando o mundo todo para apresentar o potencial do país. “O Brasil é um país novo rico. Tem bala, mas não conhece ninguém”, disse. O publicitário acredita que todos os empresários brasileiros deveriam seguir seu exemplo e também se esforçar para divulgar o país lá fora. “Quando a maré sobe, todos os barcos sobem junto”, disse Nizan.

Nizan Guanaes também falou de sua carreira e de tudo que fez até chegar ao grupo ABC, que hoje vale R$ 1 bilhão. O empresário garante que não tem planos de vender a empresa. Pelo contrário, quer torná-la a décima maior empresa de comunicação e marketing do mundo.
O publicitário acredita que saber aonde quer chegar é fundamental para o empreendedor dar o primeiro passo. “A vida é igual a um campo de aeroporto: é do nada para o nada. Só faz sentido se voar”.

Fernando Taliberti, Mestre em e-Business e Tecnologias para a Gestão pelo Politecnico di Torino (Itália) e Engenheiro de Produção pela UFRJ, escreveu este artigo para a revista eletrônica Techoje, do Instituto de Educação Tecnologica – IETEC. O texto fala sobre os tipos de inovação existentes e como fazer a gestão destas inovações para obter mais resultados.

O que inovação tem a ver com estratégia? A resposta é “tudo”. Para inovar de maneira consistente, qualquer organização, seja ela uma empresa, uma ONG, ou uma entidade governamental, deve ter uma estratégia de inovação. Como o assunto em questão é a criação de vantagem competitiva, vamos focar nas empresas.

As empresas normalmente inovam visando o lucro. Pode-se dizer “normalmente” porque inovação é uma palavra da moda, o que leva algumas empresas a buscar a inovação de maneira pouco criteriosa e, em alguns casos, sem realmente avaliar a possibilidade de lucro. Parece insanidade? Isto foi feito inúmeras vezes durante o boom da internet. Muitas empresas surgiram sem ter sequer perspectiva de lucro e angariaram investimentos para começar a operar somente porque eram baseadas em idéias inovadoras.

Embora o estouro da bolha tenha servido para alertar que esse não é o melhor caminho para inovar e que a inovação está diretamente ligada ao risco, muitas empresas ainda não estão preparadas para gerenciá-la de maneira consistente e lucrativa. Inovar para criar vantagem competitiva é a grande demanda das empresas de hoje. Mas como fazer isso?

A primeira coisa que as empresas precisam entender é como funciona a dinâmica da inovação e dentre quais tipos de inovação ela pode escolher. As inovações podem ser incrementais, quando simplesmente agregam um valor extra ao produto, serviço ou processo pré-existente, ou radicais, quando oferecem uma mudança significativa para o cliente ou usuário da inovação.

Inovações radicais normalmente requerem uma mudança de comportamento do cliente ou da relação dele com a inovação. Em alguns casos, as inovações radicais podem chegar a ser disruptivas, destruindo a ordem dominante em determinado mercado ou indústria.

Inovações radicais têm uma curva de adoção que deve ser compreendida e gerenciada. É isso mesmo, gerenciada! Conhecendo a curva de adoção de inovações é possível lidar com ela da maneira adequada, conquistando primeiramente os inovadores, ávidos por novidades, e em seguida os cada vez mais conservadores e garantindo assim uma boa penetração no mercado.

Inovações de sucesso têm um marketing adequado. Quem não acredita que o sucesso do iPod seja diretamente ligado ao marketing? Marketing sim, e grande parte deste marketing está no próprio produto, em seu design, sua facilidade de uso e o conceito que ele se propõe a passar.

Uma empresa inovadora precisa também de uma gestão de portfólio de produtos adequada. Produtos novos ou inovadores têm um risco de fracasso associado. Por outro lado, produtos hoje bem sucedidos têm 100% de chances de perder mercado no longo prazo. É preciso criar produtos inovadores para ter uma empresa sustentável. Ora, se inovar tem um risco associado, não inovar tem, portanto, um risco ainda maior!

Mas a inovação pode ir bem além dos produtos e serviços. É possível inovar em processos, tecnologia, no mercado alvo, nos fornecedores escolhidos, na forma como se gere a cadeia de suprimentos, etc. Sem dúvida são necessárias idéias criativas que possam ser transformadas em inovações. A criatividade corporativa é um combustível fundamental para a empresa inovar. Mas não é preciso inventar a roda, é claro. A verdadeira criatividade pode estar em olhar para fora da empresa de maneira sistemática e identificar tendências, tecnologias, ferramentas ou qualquer outro instrumento que possa contribuir para a inovação dentro da empresa.

Como inovar em tantas áreas e ainda garantir a lucratividade? Essencial para o lucro é ver a inovação como um processo. Enquanto o comportamento criativo é importante, um processo para planejar, gerar, selecionar, implementar e avaliar continuamente as inovações é o que vai garantir que idéias sejam convertidas em lucro. Parece complexo? Pode não ser tão simples quanto apenas gerar idéias, mas é necessário. E vale a pena.

Empresas que inovam podem ter retorno sobre investimento dezenas de vezes maiores que empresas com estratégias “seguidoras” em relação à inovação. O mercado que está absorvendo uma inovação é sempre um mercado em crescimento. Para quem chega mais cedo, conquistar uma fatia grande deste mercado pode ser muito mais barato do que para quem chega quando ele já está estabelecido. É fácil então entender porque o retorno sobre o investimento é tão maior para quem sempre pensa em inovar.

A moral da história? Inovar vale a pena, mas requer boa gestão! As empresas e os profissionais que desejam inovar, precisam entender os mecanismos da gestão da inovação para tirar proveito dela. Quem sabe estamos falando do próximo iPod?

Kim Barnes foi eleita em 2008 pela revista Leadership Excellence como uma das 100 maiores cabeças pensantes no ramo da liderança.  A presidente da Barnes & Conti Associates, empresa americana que trabalha com aprendizagem e desenvolvimento organizacional, esteve em Porto Alegre recentemente e concedeu uma ótima entrevista para o Jornal do Comércio sobre o papel dos líderes no incentivo à inovação dentro das empresas. A matéria é assinada por Patricia Knebel.

JC Empresas & Negócios – O processo inovativo permite falhas ou as empresas devem partir para a política do risco zero?

Kim Barnes – A maioria das inovações, por sua própria natureza, só será bem-sucedida após uma série de falhas. Uma cultura que estimula e sustenta a inovação é, entre outras coisas, aquela que incentiva as pessoas a assumirem os riscos de forma inteligente. Uma organização com essa perspectiva busca a experimentação e apoia os profissionais que desafiam o senso comum. Dentro de uma visão de longo prazo, aceita o fracasso como algo que faz parte da caminhada para o sucesso nos projetos inovadores. Nesse casos, o status quo não é considerado bom o suficiente e as pessoas em todos os níveis da organização são encorajadas a desafiar o senso comum e apresentar novas ideias. Os líderes das empresas que possuem a cultura da inovação devem aprender a tolerar a ambiguidade e  incentivar as pessoas a desafiarem o senso comum. Eles buscam novas ideias ao invés de adotarem a primeira que ouvem. A inovação deve ser entendidade como uma jornada.

Empresas & Negócios – Que papel desempenham os líderes no incentivo a criação de uma postura corporativa voltada para a busca por ideias diferenciadas?

Kim – Os líderes em todos os níveis devem incentivar e apoiar a inovação se mostrando abertos e interessados na constribuição dos seus profissionais. Quando as boas ideias surgem, precisam ser alimentadas e cultivadas, como se fossem pequenas mudas em um jardim. É importante que os líderes demonstrem interesse e estimulem a troca aberta de informações, evitando julgar e rejeitar ideias prematuramente.

Empresas & Negócios  – Como atrair e reter os talentos que possam ser aliados nessa jornada?

Kim – Atrair e reter um talento com perfil de apoiar e dar início a um processo voltado para a inovação dentro da corporação é um papel fundamental para os profissionais de recursos humanos. Se a empresa já possui uma estratégia de inovação, isso pode ser usado para direcionar os critérios adotados na contratação das pessoas certas. Por outro lado, para manter as pessoas de talento comprometidas, elas precisam perceber que existem oportunidades reais de aprendizagem e que elas poderão usar suas habilidades criativas no dia a dia. As pessoas querem fazer parte das organizações que lhe dão liberdade e recursos para inovar.
Empresas & Negócios – Onde podemos  encontrar os mais bem-sucedidos exemplos de inovação no mundo?

Kim – Muitas pessoas concordam que lugares como o Vale do Silício, na Califórnia (EUA) ou áreas similares no mundo são especialmente designadas para promover a inovação, pelo menos quando pensamos em inovações tecnológicas. Eles estão tipicamente localizados próximos a universidades e tem desenvolvido um ecossistema de negócios em que a inovação aberta tem lugar garantido para se desenvolver. Eu acredito, entretanto, que algumas das mais interessantes inovações chegam através dos jovens empreendedores sociais, muitos delas sendo trabalhadas em mercados emergentes ou no mundo em desenvolvimento. Eles cada vez mais apresentam ideias de negócios sustentáveis economicamente e que também promovam a saúde, a aprendizagem e o desenvolvimento em suas regiões.

Empresas & Negócios – Que papel o Brasil pode desempenhar nesse cenário global?

Kim – Como um dos principais mercados emergentes, o Brasil tem um papel importante a desempenhar na estratégia de inovação mundial. O País  tem uma força de trabalho altamente qualificada e pode usar os seus talentos para desenvolver novas ideias que possam ser testadas em seu próprio território, nas regiões em desenvolvimento, e depois exportada para outras partes do mundo. Quando as regiões não são tão desenvolvidos, há uma grande oportunidade porque não existe o custo do legado. Dá para partir imediatamente para novas maneiras de viver e trabalhar. Uma situação na qual vimos isso foi a rápida adoção dos telefones celulares na Índia. Nas áreas rurais, esses equipamentos estão sendo utilizados de forma muito interessante e inovadora. As mães indianas que são analfabetas podem receber diariamente mensagens virtuais que mostram como pode cuidar melhor dos seus filhos, em cada fase de desenvolvimento.

Empresas & Negócios – Qual a principal característica de um líder inovador?

Kim – Talvez a mais importante característica de um líder inovador seja a humildade. Ele sabe que outras pessoas na organização terão mais e melhores ideias que apenas uma pessoa. A segunda qualidade importante é a curiosidade. Ao invés de achar que está sempre certo, o líder inovador é movido pela curiosidade. Ele questiona constantemente questões como: De que forma podemos resolver este problema? Como podemos melhorar este produto? Como chegar a um novo mercado? Líderes inovadores têm o ímpeto de aprender a todo momento. Na sequência destas três características vem a capacidade de ouvir, de conseguir extrair uma nova ideia e de mudar os rumos quando necessário para permitir um alinhamento com a estratégia organizacional.

Empresas & Negócios –  Quais são as técnicas que devem ser usadas para inspirar as empresas a buscarem a diferenciação?

Kim – Eu acredito que as empresas com líderes que têm fome de aprender têm uma grande vantagem. Há muitos livros, cursos e seminários disponíveis hoje em dia para que essas pessoas possam ampliar seus conhecimentos. Visitar e observar outras organizações é outra forma poderosa para se aprender novas estratégias e abordagens.

Empresas & Negócios  – De que forma a criação de sistemas inovativos pode levar ao desenvolvimento das empresas?

Kim – Eu me sinto inclinada a reverter essa pergunta e questionar: Qual é o destino de uma empresa que se recusa a inovar? Claramente, em uma economia global, a empresa que decidir não inovar pode acabar perdendo o seu negócio. Em muitos casos, a inovação não é mais opcional.

Empresas & Negócios – Onde estão as oportunidades do futuro para a área de inovação?

Kim – Eu acredito em uma crescente necessidade de inovação em tecnologias verdes. É a inovação reversa, quando tecnologias, produtos e serviços de baixo custo são projetados para as nações em desenvolvimento e adaptadas para as economias mais avançadas está se tornando uma realidade.

João Marcelo Moreira Braga, diretor de novos negócios da Valor & Inovação, fará uma apresentação online nesta sexta, às 15h30, sobre o tema inovação de valor, com foco em como criar uma estratégia de inovação de valor.

A palestra faz parte do evento Capacitação Empreendedora – Ascensão à Inovação, organizada pelo Instituto Gene de Blumenau-SC. Todas as apresentações são transmitidas ao vivo pelo site http://www.eventials.com. Basta fazer o cadastro para ter acesso à todas as palestras do evento.

Ótima Inciativa do Instituto Gene! Aproveitem ! Participem!

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