Eduardo Zugaib escreve este artigo para o portal Endeavour demonstrando que a liderança pode ser usada, algumas vezes, de forma equivocada, impactando negativamente no desempenho do time. Uma das primeiras características ‘abaladas’ por esse tipo de comportamento é a iniciativa, tão importante para o desenvolvimento de novos negócios.


Equipes inteligentes costumam ter líderes inteligentes. Líderes cientes da complexidade das relações do mundo de hoje, cada vez mais em busca deformas colaborativas de desenvolvimento, e que trazem na bagagem uma importante ferramenta: o estímulo à iniciativa. Mas também há aqueles que insistem em estilos limitados de liderança, baseados no “manda quem pode,obedece quem tem juízo”, na coerção e medo ao invés da influência e respeito.

Para fertilizar a iniciativa dos liderados é preciso ter credibilidade. Ela é obtida pela coerência entre o que o líder fala e o que demonstra ser ao longo dotempo. Sua capacidade de pensar, sentir e agir em sincronia valida suasdecisões junto ao grupo, inclusive as mais drásticas.

Ah, se todas as famílias soubessem que iniciativa se estimula desde a infância… A criação de ambientes de bloqueio à iniciativa, em especial em grupos que lidam com criatividade e inovação, inicia na não admissão de qualquer tipo de erro. Se é proibido errar, em especial em processos em desenvolvimento, a iniciativa se torna anêmica. Veja bem: eu escrevi processos em desenvolvimento. Um piloto de avião, no processo já desenvolvido que envolve seu trabalho, precisa reduzir a zero qualquer margem de erro.

O compartilhamento de informações também fortalece a iniciativa. Quando as informações ficam nas mãos de apenas alguns, em nome de pseudo-controles, o grupo busca a zona de conforto do “eu não sabia”. Um veneno para a iniciativa.

Pessoas com origens, culturas e vivências diferentes tendem a propor caminhos diferentes para a solução do mesmo problema. Quer enfraquecer ainda mais a iniciativa? Force todos a adotarem apenas um caminho: o seu. Comunicação também faz diferença. Tom professoral, soberbo e nada afeito ao conhecimento que os liderados trazem consigo, promove a falência múltipla de órgãos da iniciativa. Dar aula não é o caminho.

Promover o prazer da descoberta em cada nova situação, sim. “O que podemos aprender com isso?”é uma observação valiosa e poderosa. Por último, para acabar de vez com a maldita da iniciativa, crie a regra psicológica de que ela cabe somente ao chefe, inclusive “tendo” ideias que um dia já foram de alguém do grupo. Este é o travesseiro que sufoca de vez a moribunda. Encerre o trabalho cavando duas covas: uma minúscula, para sepultar a iniciativa e outra, bem maior, para acomodar o ego do pseudo-líder.

Kim Barnes foi eleita em 2008 pela revista Leadership Excellence como uma das 100 maiores cabeças pensantes no ramo da liderança.  A presidente da Barnes & Conti Associates, empresa americana que trabalha com aprendizagem e desenvolvimento organizacional, esteve em Porto Alegre recentemente e concedeu uma ótima entrevista para o Jornal do Comércio sobre o papel dos líderes no incentivo à inovação dentro das empresas. A matéria é assinada por Patricia Knebel.

JC Empresas & Negócios – O processo inovativo permite falhas ou as empresas devem partir para a política do risco zero?

Kim Barnes – A maioria das inovações, por sua própria natureza, só será bem-sucedida após uma série de falhas. Uma cultura que estimula e sustenta a inovação é, entre outras coisas, aquela que incentiva as pessoas a assumirem os riscos de forma inteligente. Uma organização com essa perspectiva busca a experimentação e apoia os profissionais que desafiam o senso comum. Dentro de uma visão de longo prazo, aceita o fracasso como algo que faz parte da caminhada para o sucesso nos projetos inovadores. Nesse casos, o status quo não é considerado bom o suficiente e as pessoas em todos os níveis da organização são encorajadas a desafiar o senso comum e apresentar novas ideias. Os líderes das empresas que possuem a cultura da inovação devem aprender a tolerar a ambiguidade e  incentivar as pessoas a desafiarem o senso comum. Eles buscam novas ideias ao invés de adotarem a primeira que ouvem. A inovação deve ser entendidade como uma jornada.

Empresas & Negócios – Que papel desempenham os líderes no incentivo a criação de uma postura corporativa voltada para a busca por ideias diferenciadas?

Kim – Os líderes em todos os níveis devem incentivar e apoiar a inovação se mostrando abertos e interessados na constribuição dos seus profissionais. Quando as boas ideias surgem, precisam ser alimentadas e cultivadas, como se fossem pequenas mudas em um jardim. É importante que os líderes demonstrem interesse e estimulem a troca aberta de informações, evitando julgar e rejeitar ideias prematuramente.

Empresas & Negócios  – Como atrair e reter os talentos que possam ser aliados nessa jornada?

Kim – Atrair e reter um talento com perfil de apoiar e dar início a um processo voltado para a inovação dentro da corporação é um papel fundamental para os profissionais de recursos humanos. Se a empresa já possui uma estratégia de inovação, isso pode ser usado para direcionar os critérios adotados na contratação das pessoas certas. Por outro lado, para manter as pessoas de talento comprometidas, elas precisam perceber que existem oportunidades reais de aprendizagem e que elas poderão usar suas habilidades criativas no dia a dia. As pessoas querem fazer parte das organizações que lhe dão liberdade e recursos para inovar.
Empresas & Negócios – Onde podemos  encontrar os mais bem-sucedidos exemplos de inovação no mundo?

Kim – Muitas pessoas concordam que lugares como o Vale do Silício, na Califórnia (EUA) ou áreas similares no mundo são especialmente designadas para promover a inovação, pelo menos quando pensamos em inovações tecnológicas. Eles estão tipicamente localizados próximos a universidades e tem desenvolvido um ecossistema de negócios em que a inovação aberta tem lugar garantido para se desenvolver. Eu acredito, entretanto, que algumas das mais interessantes inovações chegam através dos jovens empreendedores sociais, muitos delas sendo trabalhadas em mercados emergentes ou no mundo em desenvolvimento. Eles cada vez mais apresentam ideias de negócios sustentáveis economicamente e que também promovam a saúde, a aprendizagem e o desenvolvimento em suas regiões.

Empresas & Negócios – Que papel o Brasil pode desempenhar nesse cenário global?

Kim – Como um dos principais mercados emergentes, o Brasil tem um papel importante a desempenhar na estratégia de inovação mundial. O País  tem uma força de trabalho altamente qualificada e pode usar os seus talentos para desenvolver novas ideias que possam ser testadas em seu próprio território, nas regiões em desenvolvimento, e depois exportada para outras partes do mundo. Quando as regiões não são tão desenvolvidos, há uma grande oportunidade porque não existe o custo do legado. Dá para partir imediatamente para novas maneiras de viver e trabalhar. Uma situação na qual vimos isso foi a rápida adoção dos telefones celulares na Índia. Nas áreas rurais, esses equipamentos estão sendo utilizados de forma muito interessante e inovadora. As mães indianas que são analfabetas podem receber diariamente mensagens virtuais que mostram como pode cuidar melhor dos seus filhos, em cada fase de desenvolvimento.

Empresas & Negócios – Qual a principal característica de um líder inovador?

Kim – Talvez a mais importante característica de um líder inovador seja a humildade. Ele sabe que outras pessoas na organização terão mais e melhores ideias que apenas uma pessoa. A segunda qualidade importante é a curiosidade. Ao invés de achar que está sempre certo, o líder inovador é movido pela curiosidade. Ele questiona constantemente questões como: De que forma podemos resolver este problema? Como podemos melhorar este produto? Como chegar a um novo mercado? Líderes inovadores têm o ímpeto de aprender a todo momento. Na sequência destas três características vem a capacidade de ouvir, de conseguir extrair uma nova ideia e de mudar os rumos quando necessário para permitir um alinhamento com a estratégia organizacional.

Empresas & Negócios –  Quais são as técnicas que devem ser usadas para inspirar as empresas a buscarem a diferenciação?

Kim – Eu acredito que as empresas com líderes que têm fome de aprender têm uma grande vantagem. Há muitos livros, cursos e seminários disponíveis hoje em dia para que essas pessoas possam ampliar seus conhecimentos. Visitar e observar outras organizações é outra forma poderosa para se aprender novas estratégias e abordagens.

Empresas & Negócios  – De que forma a criação de sistemas inovativos pode levar ao desenvolvimento das empresas?

Kim – Eu me sinto inclinada a reverter essa pergunta e questionar: Qual é o destino de uma empresa que se recusa a inovar? Claramente, em uma economia global, a empresa que decidir não inovar pode acabar perdendo o seu negócio. Em muitos casos, a inovação não é mais opcional.

Empresas & Negócios – Onde estão as oportunidades do futuro para a área de inovação?

Kim – Eu acredito em uma crescente necessidade de inovação em tecnologias verdes. É a inovação reversa, quando tecnologias, produtos e serviços de baixo custo são projetados para as nações em desenvolvimento e adaptadas para as economias mais avançadas está se tornando uma realidade.

Apresentamos agora outras 6 dicas de Neal Whitten sobre liderança.

Neal Whitten, Project Manager Professional, é presidente do grupo Neal Whitten que oferece consultoria e trainamentos voltados para gestão de projetos. Whitten também é o autor do livro No-Nonsebse Advice for Succesful Projects. O autor contribui com artigos para a revista PMNetwork e, na edição de outubro da publicação, escreveu um texto* com dicas sobre liderança, comentando frases de autores e jornalistas.

* O texto de Whitten está originalmente em inglês e foi traduzido.

7. A grama não é sempre mais verde do outro lado da cerca. O grama é mais verde onde é regada. Quando caminhar por entre as cercas leve sempre consigo um regador e molhe a grama nos lugares onde estiver. Robert Fulghum, autor.

Se você está descontente com o progresso do seu projeto ou com a infraestrutura e processos, trabalhe essas questões. Não espere até o próximo projeto ou empresa. Seja o catalisador da mudança.

8. A pessoa é responsável pela sua própria motivação. Você, no entanto, é responsável por criar um ambiente de trabalho no qual as possas possam se motivar. Paul Falcone, autor.

Não assuma responsabilidade pelas atitudes do seu time ou de stakeholders, isto é trabalho deles. Mas nutra um ambiente que gere sucesso. Crie um ambiente produtivo e seguro onde as pessoas tenham desejo de sair de suas casas e estar ali trabalhando e fazendo a diferença.

9. Ao final do dia, você deveria “passar vídeos” do seu desempenho. O resultado deve deixá-lo contente ou encorajá-lo. Jim Rohn, coach motivacional.

Você está cometendo os mesmos erros repetidamente? E os membros do seu time? Olhe as conquistas de cada dia bem como as oportunidades perdidas e aplique as lições aprendidas no dia seguinte.

10. Pedir ajuda não significa que somos fracos ou incompetentes. Normalmente indica que um nível avançado de honestidade e inteligência. Anna Wilson Schaef, psicoterapeuta e escritora.

Em um mundo dinâmico e competitivo como o de hoje, precisamos uns dos outros mais do nunca. Encoraje os membros do seu time a pedir ajuda quando preciso e faça o melhor para estar acessível a eles.

11. Eu, particularmente, estou convencido que o melhor pensamento na área de gestão do tempo pode ser capturado na seguinte frase: organize e execute dentro das prioridades. Stephen R. Covey, autor e consultor em gestão.

Determine as três principais prioridades ao início de cada dia. Elas definem seus valores, suas contribuições e sua carreira. Então trabalhe para resolvê-las ao longo di dia.

12. Liderança não tem relação com a habilidade das pessoas ao seu redor e sim com a com a sua capacidade de liderar independentemente do que está acontecendo ao seu redor. Neal Whitten.

Líderes efetivos se fazem presentes ao invés de procurar por desculpas. O caos ao seu redor não importa, mas como você lida com ele.

Neal Whitten, Project Manager Professional, é presidente do grupo Neal Whitten que oferece consultoria e trainamentos voltados para gestão de projetos. Whitten também é o autor do livro No-Nonsebse Advice for Succesful Projects. O autor contribui com artigos para a revista PMNetwork e, na edição de outubro da publicação, escreveu um texto* com dicas sobre liderança, comentando frases de autores e jornalistas.  O artigo contém 12 dicas. Hoje veremos 6 delas e amanhã as outras 6.

* O texto de Whitten está originalmente em inglês e foi traduzido.

A liderança que você demonstra a cada dia vai delineando a sua carreira, mas precisamos de um lembrete de vez em quando. Aqui estão 12 “pontos” que podem ajudá-lo no seu dia-a-dia, na sua profissão e em seus projetos.

1. Todos nós temos o poder de direcionar nossas vidas pelas escolhas que fazemos ou deixamos de fazer.  Enquanto, algumas vezes, é mais fácil acreditar que você não tem escolha, a realidade é que você sempre tem a escolha de se comportar de forma diferente. Francine Ward, business leader.

O sucesso do seu projeto está diretamente ligado às suas ações.  Você decide se um projeto sólido está sendo criado, se reuniões estão sendo feitas de forma eficiente e se os problemas estão recebendo a atenção devida.

2. Não posso lhe dar uma fórmula mágica para o sucesso, entretanto posso lhe dar uma fórmula para o fracasso. Tente agradar a todos todo o tempo. Herbert Bayard Swope, jornalista.

Não troque integridade por popularidade. A questão não é ser querido, é fazer o que é certo.  Não atrase ou deixe de tomar uma atitude sobre determinado assunto porque alguém ficará magoado. Trabalhe com as pessoas, escute o que elas têm a dizer, negocie – mas é importante que você tome decisões baseadas no que é melhor para o negócio.

3. Acredite em você! Tenha fé em suas habilidades! Sem deixar a humildade de lado, mas com confiança em seus poderes, você não consegue ser bem-sucedido ou feliz. Norman Vincent Peale, autor.

A confiança e a força necessárias vêm de você e não dos outros. Seu time espera que você lidere; eles absorvem energia e inspiração de você. Ser um líder pode ser solitário algumas vezes, contudo é preciso aprender a se sentir confortável em tomar decisões que visam atender as necessidades do negócio e do projeto.

4. As pessoas vão esquecer o que você diz. As pessoas vão esquecer o que você fez. Mas nunca vão esquecer como você as fez sentir. Maya Angelou, autora.

Trate as pessoas com respeito e dignidade. Mostre aos membros do time que você os aprecia. Inclua o time na resolução de problemas do projeto e reconheça as contribuições. Não se esqueça de celebrar as metas alcançadas.

5. Se você escutar seus medos, você irá morrer sem saber a ótima pessoa que poderia ter sido. Robert H. Schüller, autor.

Melhor que ficar com medo e tentar evitar o conflito, é encará-lo de frente, amenizá-lo e seguir em frente.

6. A grande descoberta da minha geração é saber que o ser humano pode alterar sua própria vida alterando suas atitudes. William James, filósofo e psicólogo.

Assuma suas atitudes. Como líder, sua atitude tem impacto direto nas atitudes dos membros do time, stakeholders e patrocinadores. Escolha sabiamente suas palavras e ações.

César Souza, Presidente da Empreenda, empresa de consultoria em estratégia, marketing e recursos humanos, escreveu este artigo para a HSM.com.br sobre sobre alguns pontos básicos no exercício da liderança, com destaque para a coerência. Souza também é autor do livro Cartas a um Jovem Líder (http://www.cartasaumjovemlider.com.br), no qual este texto está baseado.

 

Que o líder competente inspira pessoas comuns para atingir objetivos incomuns, não é nenhuma novidade. O que nem todos sabem é que antes de pretender liderar os outros, você precisa aprender a liderar a si mesmo.

A literatura – assim como a maioria dos programas de desenvolvimento de líderes – ainda enfatiza o uso de técnicas sobre como melhor comandar subordinados e como transformar nossas equipes em um time de alta performance. Só que ensinam, no máximo, a sermos gerentes mais eficientes da vida dos outros, não necessariamente a sermos líderes mais eficazes da nossa própria vida.

Sabemos que, ao liderar, desafiamos as pessoas a mudarem seus hábitos cotidianos, posturas, atitudes, comportamentos, modos de pensar. Enfim, a modificar a forma de encarar suas vidas. Mas, precisamos entender que a mudança começa dentro de cada um de nós. O líder, quando deseja mudar algo, deve começar a mudança em si. Deve inspirar pelo exemplo, não apenas pelo discurso.

Não se trata de uma questão técnica. Trata-se de um conjunto de atitudes, posturas, de algo intangível, mas bastante diferenciador na competência do líder. Para liderar a si próprio, cada um precisa ter uma clara percepção das suas competências e emoções, pontos fortes e fracos, necessidades, desejos e impulsos. Quem possui um elevado nível de autoconhecimento sabe o efeito que seus sentimentos têm sobre si mesmo, sobre as outras pessoas e sobre seu desempenho. Por exemplo, um líder que reconhece sua dificuldade em lidar com prazos muito curtos, planeja seu tempo cuidadosamente e delega tarefas com antecedência.

Quem se conhece bem sabe aonde quer chegar e por quê. Assim, é capaz de recusar uma oferta de trabalho financeiramente tentadora, se isso for contra seus princípios ou não se alinhar com seus objetivos de longo prazo. Por outro lado, quem não se conhece adequadamente acaba tomando decisões que geram insatisfação interior por ferirem valores profundos. E, certamente, isso afetará de forma negativa a maneira como irá liderar os outros.

Quem se conhece, admite seus fracassos com franqueza e até relata essas situações com naturalidade. Essa é uma forte característica dos que sabem liderar a si próprios, pois não necessitam fingir todo o tempo, nem tentam ser o que não são. Outra característica é a autoconfiança; aposta em seus pontos fortes, mas sabe pedir ajuda, se necessário.

Outro ponto importante para quem pretende liderar sua vida tão bem quanto pretende liderar os outros: aprender a exercer a liderança de forma coerente nas várias dimensões da vida – no escritório, em casa, na escola, na comunidade. A liderança não ocorre apenas quando estamos no trabalho. Muitos exercem o papel de líder apenas quando estão no seu ambiente formal e se comportam de modo completamente diferente – às vezes até antagônico – em outras circunstâncias da vida. Defendem certas posições e valores quando estão com o crachá das suas organizações, mas têm outras atitudes quando estão em casa ou em situações do cotidiano.

Recentemente, um alto executivo de uma grande empresa me relatou que sua filha que o acompanhava em uma viagem percebeu quando ele tentava “furar” uma longa fila para o check-in no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Na frente de todos, a jovem exclamou: “Papai, você é um líder apenas quando está engravatado no escritório. Lá todos falam que você defende valores de integridade, transparência etc. Deveria ter o mesmo comportamento também em casa e aqui no aeroporto!”

De forma emocionada, sumarizou seu aprendizado: “Preciso ser um líder 24 horas por dia e não apenas um líder meio turno.” Perceber, mesmo a duras penas, a mudança que precisa promover em si mesmo é o primeiro e belo passo para aumentar sua capacidade de liderar outras pessoas.

O portal Administradores.com traz  algumas dicas simples para você se tornar um líder

Na superfície, a diferença entre um passo e um tropeção parece ser óbvia. Porém, no mundo dos negócios, aquele que planeja calmamente o caminho para chegar a um cargo de chefia nem sempre é fácil de distinguir daquele que, de surpresa, recebe o cargo. A verdade é que, independente de você dar um passo de caso pensado ou tropeçar no cadarço do tênis, você pode acabar no mesmo lugar. Em outras palavras, muitas pessoas que têm um foco em chegar ao topo demoram o mesmo tempo para chegar lá que aquelas que recebem a oportunidade de serem líderes.

Ainda assim, saber a diferença entre uma liderança bem pensada e aquela que acontece por acidente é fundamental, não apenas para a sua capacidade de crescer e se desenvolver como líder, mas para conquistar um sucesso intencional e não milagroso.

Aqui estão sete características que separam o líder verdadeiro do líder por acaso:

1. A liderança verdadeira é liderar a si mesmo. Dar ordens é tão fácil quanto entregar cartões de visita. No entanto, um líder prudente também sabe liderar a si mesmo, não apenas para dar o exemplo às outras pessoas, mas para ser uma peça importante da máquina da empresa. É importante os líderes terem a habilidade de focar e motivar a si mesmos da maneira como motivam os outros.

2. Não seja um rei. Uma liderança bem pensada provavelmente significa que você tem uma força de trabalho talentosa na empresa. Isso é fantástico. Mas seja cuidadoso para não transformar sua sala em um trono. Líderes por acaso frequentemente estabelecem um sistema de orientação restritivo demais. Oriente os funcionários, mas não crie mais parâmetros do o necessário. É importante influenciar as pessoas com as quais você trabalha. Não veja a sua empresa como um reinado.

3. Esteja aberto para novas maneiras de fazer o trabalho. Uma boa aposta para uma operação bem sucedida é repetir o que deu certo outras vezes. É difícil argumentar contra isso, mas um líder desavisado irá se esforçar além do necessário para não mudar o que já funcionou uma vez. Por outro lado, uma liderança atenta reconhece o sucesso, mas também reconhece que sempre há maneiras de fazer melhor.

4. Estabeleça um senso verdadeiro de compromisso. Devo admitir que é um assunto delicado para mim. Já vi muitos slogans de empresas cujo significado é tão valioso quanto o papel no qual estão impressos. Quer se “comprometer com um serviço de qualidade superior”? Isso dará mais poder a você, mas um verdadeiro líder sabe que não são só palavras. Ele coloca recheio nessa receita: estabelece como avaliar a excelência, desenvolve um plano convincente para alcançá-la e define um cronograma possível e real para isso.

5. Termine o trabalho. Muitos líderes de empresas falam dos trabalhos realizados, mas quantos realmente terminam o que dizem que vão iniciar? Um líder relaxado e que nunca termina nada perde a confiança dos clientes. Essa falta de conclusão é repassada para os seus funcionários também. Em vez disso, defina objetivos e estabeleça medidas práticas e justificáveis para terminar o que você começou. A capacidade de concluir as tarefas é fundamental. Nada é útil a não ser que seja concluído.

6. Mostre uma valorização verdadeira. Líderes relaxados precisam de braços fortes como os do Popeye, de tantos tapinhas nas costas que eles dão. Isso não é errado, mas um bom desempenho precisa de uma resposta mais significativa. Líderes que enxergam o futuro fazem elogios, mas com recompensas reais: promoções, aumentos de salário, bônus e outros sinais visíveis de valorização. Isso motiva a sua equipe, não apenas para trabalhar com entusiasmo, mas para ficar na empresa por mais tempo do que ficaria caso a situação fosse outra.

7. Saiba que habilidades de liderança também vêm com o aprendizado. Muitos executivos acham que as habilidades de liderança vêm de uma maravilhosa revelação ou outro momento de iluminação. É claro que ótimas ideias podem surgir na mente de qualquer um de nós, mas ser um bom líder também significa ter que estudar. Leia livros sobre liderança efetiva, participe de seminários e peça ideias de colegas para saber o que funciona nas empresas deles. Pode ser um estudo longo, mas ele trará recompensas que irão se multiplicar quanto mais conhecimento você tiver.